terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cirurgia de Redução de Estomago


Cirurgia de redução do estômago

"A obesidade está cada vez mais presente em nosso meio e a busca por tratamentos para combatê-la também. A cirurgia bariátrica, mais conhecida como cirurgia para redução do estômago, é uma opção de tratamento para a obesidade mórbida que não responde aos tratamentos convencionais, mas apesar dos benefícios apresenta indicações específicas e alguns riscos."
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. É considerada um problema de saúde pública nos países desenvolvidos e está ocorrendo uma aceleração no seu crescimento no Brasil.
A obesidade é classificada baseando-se no índice de massa corporal (IMC - calculado pelo peso dividido pela altura ao quadrado - Kg/m2) e no risco de mortalidade associada. Assim, considera-se obesidade quando o IMC encontra-se acima de 30 Kg/m2 e obesidade mórbida quando o IMC está acima de 40 Kg/m2.
A cirurgia gastrintestinal para a obesidade, também chamada de cirurgia bariátrica ou, mais popularmente, cirurgia para redução do estômago, é uma opção para as pessoas com obesidade mórbida e que não conseguem perder peso pelos métodos tradicionais ou para quem sofre de problemas de saúde relacionados à obesidade mórbida.

Tipos de procedimento

A cirurgia bariátrica é classificada em duas categorias: restritiva e disabsortiva.
Os procedimentos restritivos promovem a perda de peso pelo fechamento de partes do estômago para torná-lo menor, assim restringe a quantidade de alimento que o estômago comporta. Os procedimentos restritivos não interferem com o processo digestivo normal. Como resultado dessa cirurgia, a maioria das pessoas perde a capacidade de comer grande quantidade de comida de uma só vez. Após a operação, as pessoas usualmente conseguem comer apenas ¾ a 1 xícara de alimento sem desconforto ou náusea. Os alimentos também devem ser bem mastigados.
Os procedimentos disabsortivos, as cirurgias mais comuns para a perda de peso, combinam a restrição do estômago com um desvio parcial do intestino delgado. É criada uma conexão direta do estômago para um segmento inferior do intestino delgado, reduzindo as porções do trato digestivo que absorvem as calorias e os nutrientes. A técnica mais utilizada é chamada de Y de Roux, que utiliza um anel de contenção para a redução do estômago.

Indicações e contra-indicações

Como foi dito, a cirurgia bariátrica deve ser considerada em pessoas com um índice de massa corporal (IMC) acima de 40 - cerca de 45 Kg de excesso de peso para homens e 36 Kg para mulheres. As pessoas com IMC entre 35 e 40 que sofrem de diabetes tipo 2 ou problemas cardiopulmonares que levam a risco de vida, como a apnéia do sono grave ou doença cardíaca relacionada com a obesidade podem também ser candidatas para a cirurgia. A seleção dos pacientes requer um tempo mínimo de 5 anos de evolução da obesidade e falência do tratamento convencional realizado por profissionais qualificados, assim como a ausência de uma causa endocrinológica para a obesidade e estabilidade psicológica suficiente para entender os mecanismos e as conseqüências da cirurgia.
A cirurgia estaria contra-indicada em pessoas com doenças pulmonares graves, insuficiência renal, lesão acentuada do músculo cardíaco e cirrose hepática.

Benefícios e riscos

Logo após a cirurgia, a maioria das pessoas perde peso rapidamente e mantém essa perda por 18 a 24 meses após o procedimento. Embora a maioria das pessoas readquira 5% a 10% do peso perdido, muitas mantêm a perda de peso a longo prazo em cerca de 45 Kg. Além disso, a cirurgia melhora a maior parte das condições relacionadas à obesidade, como por exemplo o diabetes tipo 2.
Quanto maior a extensão do desvio intestinal, maior será o risco de complicações e deficiências nutricionais. Pessoas com maior alteração no processo normal de digestão irão necessitar de maior monitoramento e uso por toda a vida de alimentos especiais , suplementos, e medicações.
Um risco comum das operações restritivas são os vômitos, que são causados quando o estômago, agora menor, é excessivamente preenchido por alimentos mal mastigados.. Em menos de 1% de todos os casos, infecção ou morte devido a complicações pode ocorrer.
Além dos riscos da cirurgia restritiva, as operações disabsortivas também podem levar a um grande risco de deficiências nutricionais. Isso ocorre porque o alimento não passará mais pelo duodeno e jejuno (as primeiras partes do intestino), onde a maior parte de ferro e cálcio são absorvidos. Aproximadamente 30% das pessoas que são submetidas à cirurgia para perda de peso desenvolvem deficiências nutricionais como anemia, osteoporose, e doença metabólica óssea. Essas deficiências usualmente podem ser evitadas se as vitaminas e minerais forem ingeridos adequadamente para cada caso.
Dez a 20% das pessoas que se submeteram à cirurgia para perda de peso necessitaram de outras operações para corrigir complicações. Hérnia abdominal tem sido a complicação mais comum que requer cirurgia posterior, mas as técnicas laparoscópicas (em que se realiza pequenos orifícios no abdome e opera-se por meio de vídeo) parecem ter solucionado esse problema. As pessoas com mais de 160 Kg ou que já tenham feito alguma cirurgia abdominal não são boas candidatas para a laparoscopia. Outras complicações incluem náuseas, fraqueza, sudorese, debilidade e diarréias após a alimentação, principalmente com a ingestão de açúcares, devido ao rápido trânsito dos alimentos pelo intestino delgado.
Ocorre também um aumento no risco de desenvolver pedras na vesícula devido a perda rápida e substancial de peso. Além disso, para mulheres em idade fértil, a gravidez deve ser evitada até que a perda de peso se torne estável porque a rápida perda de peso e as deficiências nutricionais podem causar danos para o desenvolvimento do feto.

Resultados

As cirurgias disabsortivas produzem maior perda de peso do que as restritivas e são mais efetivas em reverter os problemas de saúde relacionados com a obesidade grave. As pessoas que realizam a cirurgia disabsortiva geralmente perdem dois terços do excesso de peso dentro de dois anos.
Embora as cirurgias restritivas levem a uma perda de peso na maioria das pessoas, elas são menos eficazes que as cirurgias disabsortivas em alcançar uma perda de peso substancial a longo prazo. Algumas pessoas readquirem o peso novamente. Outras são incapazes de mudar seus hábitos alimentares e falham na perda do peso que desejam.
É importante ter em mente que a cirurgia não é uma garantia de sucesso. Os resultados dependem da força de vontade dos pacientes para adotar um plano a longo prazo de uma alimentação saudável e atividades físicas regulares.
Fonte: www.virtual.epm.br
Redução de Estômago

Uma saída para a obesidade mórbida

A cirurgia de redução de estômago, trazida para o Brasil há mais de uma década, vem sendo cada vez mais utilizada no combate à obesidade mórbida. A cada dia novas técnicas são descritas e aperfeiçoadas visando melhorar os resultados e diminuir as complicações. Dependendo da técnica utilizada, há perda de até 40% do peso em um ano.
Dados oficiais indicam que há pelo menos 70 milhões de brasileiros (40% da população) acima do peso. Desses, 1 milhão são considerados obesos mórbidos. A obesidade causa, por ano, cerca de 80 mil mortes no País, o que tende a se agravar com o crescimento assustador da prevalência da doença entre crianças e jovens.

Indicações

A cirurgia bariátrica, como é chamada, reduz a capacidade do estômago, diminuindo tanto a ingestão quanto a absorção dos alimentos pelo organismo. Entretanto, a cirurgia é indicada apenas para obesos mórbidos, aqueles cujo índice de massa corporal é maior que 40 ou aqueles com índice acima de 35 associados a doenças como diabetes e hipertensão.
Alberto Rabin de 54 anos, Recife, conseguiu reduzir o IMC que era de 50, para 40 após ter sido operado há 2 meses. Alberto conta que eliminou 10kg em 3 meses, com uma dieta preparatória e após a operação já perdeu mais 17. Ele conseguiu a cirurgia em um dos hospitais universitários de Recife, após dois anos na espera do SUS.
Já Marcia Aguiar Nóbrega, de 34 anos, São Bernardo do Campo, teve sua cirurgia marcada para maio, por um convênio particular, sem precisar enfrentar filas. Há 14 anos convivendo com obesidade mórbida(IMC 43), ela conta que a decisão de submeter-se à intervenção surgiu numa consulta ao ginecologista, a quem ela comentou que queria engravidar. ” Ele desaconselhou, pediu que eu procurasse um endócrino e perdesse 40 kg. Disse que como já sou hipertensa, com a gravidez e o peso que eu iria adquirir, este quadro iria piorar, com grave risco de desenvolver diabete na gestação.”
Para a adoção de qualquer terapia cirúrgica, deve-se pesar o risco operatório versus o risco da doença a ser tratada. Na obesidade severa, o risco da doença tem-se mostrado maior que os potenciais riscos do tratamento operatório. Porém, a cirurgia apresenta risco de morte, como muitas outras, sendo relatada uma ocorrência de morte em cada 200 casos e cinco complicações em cada 100.

Técnicas

A técnica mais utilizada no Brasil, Fobi-Capella, reduz o estômago de sua capacidade normal de 1,5 litro para 20 mililitros, o equivalente a meia xícara de café. Esse pequeno pedaço do estômago é separado do resto, grampeado e religado ao intestino por um anel, que ainda dificulta a passagem da comida. Com isso, a ingestão de alimentos é bastante reduzida, podendo haver vômitos em caso de excesso de comida.
Outra técnica muito usada, a Scopinaro, além de reduzir o tamanho do estômago, corta literalmente o caminho da absorção da comida pelo organismo: ela só encontrará os sucos digestivos na etapa final. O alimento não absorvido acaba eliminado nas fezes, o que acaba provocando diarréias.
A cirurgia de Alberto foi a Fobi-Capella. Após 7 dias ele voltou a trabalhar e com 15 dias tirou os pontos. Com bom humor, ele conta como foi o pós-operatório: “A re-entrada na alimentação sólida dá um certo medo, e no início os vômitos são constantes, até ir conhecendo o “novo” sistema digestivo magro, ao qual nunca tinha sido apresentado.”
Márcia também reage à questão com bom humor: “O que é uma dieta líquida perto de uma vida inteira sem preconceitos e com a saúde em ordem? Estou preparada”, declara.

Novos hábitos de vida

A recuperação do peso ideal também depende da reeducação alimentar e da adoção de hábitos saudáveis. Para Alberto, a perda de peso não é consequência do ato cirúrgico, mas da reeducação alimentar que o paciente deve obrigatoriamente se impor a partir da cirurgia. Ele também já retomou as caminhadas que tinha interrompido há quase 3 anos, voltando a fazer 6 quilômetros diários.
Após a cirurgia, Márcia pretende incluir a academia 3 x por semana e caminhadas aos sábados e domingos. Segundo ela, foi assim que seu médico orientou: “o sucesso da cirurgia depende da vontade do paciente em mudar, em buscar qualidade de vida”.

Expectativas

“Não sei o que é pior: ser hipertensa ou enfrentar os preconceitos que enfrento” revela Márcia. Ela é secretária, tem 1,58m e pesa 103kg, “mas o pessoal imagina aquela mulher lindíssima, magra, elegante” conta. “Espero que, caso enfrente um desemprego novamente, como há 1 ano e meio, não terei tanta dificuldade em conseguir outro. Quero que as empresas passem a me enxergar como profissional” desabafa.
Márcia também acredita que a parte sexual tende a melhorar. “Infelizmente não me sinto atraente o suficiente. Fico distante, não consigo acreditar que meu marido tenha atração por mim. Com certeza, minha auto-estima será outra.”
Alberto retomou sua vida sexual após 20 dias, apesar da recomendação de um prazo de um mês. Quanto às mudanças ele foi categórico: “Com menos peso, o sexo fica muito melhor”.

Custos

O custo da operação é calculado em torno de 15.000 a 35.000 reais, que geralmente é coberto pelos convênios particulares e pela rede pública- nessa, no entanto, a fila é muito mais lenta.
Fonte: www.sbh.org.br

Um comentário:

  1. Oi Karina,
    é a Carla Cristina do facebook...
    Agora estou te seguindo no blog tb...
    Tudo de bom.
    Bjosssssssss

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